-
Lula reafirma compromisso com o arcabouço fiscal durante conversa com ministros: "Não abro mão"
-
De acordo com o ministro das Relações Institucionais, o presidente disse que a regra auxilia para ampliar investimentos no país e recuperar políticas sociais
- Por Camilla Ribeiro
- 12/07/2024 19h03 - Atualizado há 3 meses
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, disse nesta sexta-feira (12) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou aos ministros que não deixará de cumprir o arcabouço fiscal.
Na semana anterior, o petista convocou à junta orçamentária formada pelos ministros da Economia e da Casa Civil, dando a determinação:
“Vocês façam o que têm que fazer. Contingenciar o que tiver que contingenciar. Se tiver que bloquear, vai bloquear. Mas eu vou cumprir o arcabouço fiscal”, informou Padilha, citando Lula.
"Não abro mão de cumprir a regra de crescimento de despesas, de teto do crescimento de despesas, que foi importante para dar a sinalização que esse país vai se esforçar em ampliar investimento, em recuperar políticas sociais, mas vai fazer isso dentro do limite que não deteriore o ambiente econômico e a saúde das contas públicas'", mencionou o ministro, reproduzindo o que foi dito pelo presidente.
Padilha informou essa declaração durante uma palestra na Fundação Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo.
Padilha disse: “Autonomia do Banco Central precisa ser aprimorada”
Ademais, ainda no evento em São Paulo, Padilha afirmou que a autonomia do Banco Central (BC), aprovada em 2021, necessita de aperfeiçoamento.
Ele também citou que os mecanismos de prestação de contas e fiscalização do órgão necessitam sofrer melhorias.
"A gente aprovou há pouco tempo a autonomia do Banco Central. Vamos ter que aprimorar isso.”
“Faz parte do aprimoramento democrático. Temos que aprimorar quais são os mecanismos que a sociedade e o Congresso têm para fiscalizar e acompanhar a atuação do Banco Central", falou.
Conforme o ministro, o país necessitará "criar uma cultura" de prestação de contas constante.
"Uma parte da retomada do ciclo econômico passa por isso, para a gente afirmar um compromisso claro de combinar responsabilidade fiscal e ambiental” acrescentou.